domingo, 16 de dezembro de 2018

EDIT. Ver observação! Venda de puts. O início da operação.

EDIT: Pessoal, eu não faço mais a estratégia descrita abaixo. A venda de puts deve ser realizada apenas se você quiser efetivamente comprar o papel, mesmo que seu preço caia substancialmente. Um investidor que seguisse essa estratégia com Vale, por exemplo, teria que encarteirar as ações (ou gastar muito para reverter a operação) após o evento de Brumadinho, sem perspectiva de quando o preço voltaria ao patamar original. Fica aqui o DISCLAIMER.

Sendo um iniciante no mercado de opções, nada mais razoável que começar com uma estratégia de baixo risco, que é a venda de puts (se necessário volte aos posts anteriores para entender melhor o que elas são).

Quando se vende puts, você "veste a camisa" de um vendedor de seguros. Só que ao invés de emitir apólices para carros e apartamentos, você estará segurando as ações alheias. Portanto, caso elas desvalorizem, o comprador desse direito (chamado put) lhe obrigará a adquirí-las pelo preço pactuado (strike).

O risco dessa operação é justamente esse: o de você ter que comprar a ação por um preço acima do seu valor de mercado no dia do exercício, virando sócio da empresa. Se esta for uma empresa grande e consolidada, muito provavelmente não demorará até que o preço de sua ação volte ao valor que você pagou, pricipalmente se você tiver emitido as puts em um possível momento de baixa do papel.

E por falar em valor pago, como você foi remunerado pela venda das puts, esse montante serve como uma espécie de desconto na aquisição, diminuindo o preço médio da compra. De posse da ação, você pode optar por vender a opção do tipo call no exercício seguinte, tendo como strike garantido em lucro qualquer valor maior que o preço médio de aquisição.

Todas as operações que relatei nesse e no post anterior são bastantes simples. Existem várias outras montagens sofisticadas com opções que, ao menos até o momento, extrapolam o objetivo deste blog. Talvez algum dia eu escreva sobre elas, principalmente caso decida fazer este tipo de movimento.

Por enquanto deixo vocês com um fluxograma do que pretendo fazer inicialmente.



terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Call e Put - Por que comprar, por que vender?

No post passado expliquei as metáforas que me fizeram entender melhor como funcionam as opções do tipo call e do tipo put. Em havendo dúvida na postagem atual, sugiro voltar naquele tópico e resgatar os conceitos.

Pretendo agora dar uma visão básica do que motiva a compra ou a venda desses papéis, em função do que se acredita que vai acontecer no mercado. Pois bem, vamos lá.

Por que alguém...

1. Compraria calls?

Princípio básico: Porque enxerga uma tendência de alta no mercado e quer garantir a aquisição da ação por um preço menor que o atual.

Essa call pode valorizar bastante, rendendo um aumento percentual expressivo ao seu portador, afinal de contas ele porta um direito de compra do bem por um valor abaixo do que será negociado a vista.

2. Compraria puts?

Princípio básico: A put funciona como se fosse um seguro contra a desvalorização de um bem, que no nosso caso são as ações da pessoa interessada na compra da put

Ao acreditar que o mercado pode cair, o detentor deste bem (ação) quer ter o direito de obrigar a seguradora a pagar um preço previamente combinado. Desta forma, ele adquire a apólice desse seguro (put).

É possível especular com as puts, comprando-as ainda que você não tenha a ação. Imagine que você tenha a apólice que garanta o recebimento da indenização, de um Palio batido, pelo preço de fábrica. Qualquer pessoa que batesse seu Palio e não tivesse a apólice te pagaria um bom dinheiro por esse direito. Essa é a metáfora de alguém que enxerga um mercado em queda e compra puts.

3. Venderia calls?

Princípio básico: Sendo detentor prévio de uma ação, eu emito a "promessa de compra" (volte no post anterior) do meu papel, visando garantir pelo menos o ganho com a venda desse direito (call). 

Se o mercado cair, o então potencial comprador não vai exercer seu direito, afinal de contas, no mercado ele encontra esse meu papel muito mais barato. Nesse caso, eu, que sou o vendedor da call também vejo meu patrimônio diminuir, mas pelo menos amenizei o prejuízo, dado que vendi a opção (call). 

Se o mercado subir, certamente quem adquiriu a call que eu emiti vai exercer o direito de comprar minha ação por um preço mais barato. Se foi uma escalada leve do preço, talvez a soma do valor da ação vendida, com o valor ganho na venda da call supere até mesmo o preço final da ação. Caso tenha ocorrido uma evolução relevante no preço de mercado da ação, eu deixo de ganhar essa valorização, pois estou com a obrigação de vender "barato". Pelo menos não amargo prejuízo (e sim minimizo o ganho).

4. Venderia puts?

Esperei para falar sobre essa operação no final porque ela será o gatilho para o início das minhas movimentações. Sendo assim, pretendo explicar com mais detalhes no próximo post. Acompanhem.



domingo, 9 de dezembro de 2018

Opções - Call e Put

As opções geralmente causam muita dúvida em quem ouve falar nelas pela primeira vez. Pretendo aqui dar uma colaboração para o entendimento do assunto. Já existe muito material na internet nesse sentido, o que é bom, porque diferentes explicações podem ajudar na consolidação do entendimento.

Pois bem. As opções conferem ao seu portador o direito (opção) de fazer algo. E quais são eles?

Existem dois tipos de direitos (opções) que alguém pode adquirir. O primeiro deles, chamado call, é o direito de comprar uma ação por um preço previamente pactuado. Uma metáfora interessante é aquele momento em que estamos interessados na compra de um apartamento e damos um sinal para que o vendedor segure este imóvel para você, em um determinado preço, por um tempo. Chegada a hora de decidir, você a opção de comprá-lo ou não. Contudo, caso decida, o vendedor estará obrigado a vender.

O segundo tipo de opção, chamado de put ocorre quando você possui um apartamento e quer segurá-lo, contra incêndio, por exemplo. Você adquire da seguradora uma apólice, que é o direito fazer com que ela compre seu apartamento caso ele desvalorize (pegue fogo). Também é seu direito fazê-lo ou não e muito provavelmente você irá acionar o seguro caso o sinistro aconteça, certo?

Essas são as melhores metáforas que ouvi recentemente para entender as calls e puts. Os imóveis são as ações. O direito de compra e a apólice de seguros são as opções, call e put, respectivamente.

Na próxima postagem pretendo explicar o básico sobre operações com calls e puts.


sábado, 8 de dezembro de 2018

Apresentação

Olá! Estou criando esse blog para que ele sirva de memória na minha evolução enquanto operador de opções. Espero registrar, a cada postagem, o porquê de cada decisão tomada e seus resultados.

Inicialmente vou operar pequeno, mas caso adquira confiança, certamente farei incrementos nas quantias investidas.